A Primeira tirou o seio esquerdo pra fora. Em homenagem, lhe
entreguei lascas de meus lábios. Seu pequeno mamilo gemeu em espasmos óbvios e
as luzes de néon riram do cheiro de culpa.
Pedaços das minhas unhas se cravaram na vulva melada e melancólica
da Outra. Não era tão constante quanto deveria ser, mas seus ruídos eram tão
presunçosos que precisei dar o toque:
- Não estou te pagando! Quero que gemas como uma garota normal,
pelo amor de Deus.
Ela riu. E do riso vieram instruções estranhas:
- Enquanto você a come, eu me cutuco. – disse - Depois é minha vez
de virar mulher. Vou colocar uma musiquinha para dar o clima, pode ser?
Ela se levantou, ligou o celular e deixou as músicas rodarem no shuffle.
Não sou lá muito fã de música caribenha, mas com medo de cortar o clima,
não disse nada. Observando nossos toques lentos, a Primeira fez uma espécie de
constatação:
- Se o quarto é escuro, estamos fadados a fazer coisas mais
escuras ainda.
Então ela olhou para o fundo dos meus olhos. E para o fundo dos
olhos da Outra. Ao mesmo tempo. Estava vesga.
- Ainda mais se houver tanta bebida. –concluiu, desmaiando na
cama.
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